domingo, 4 de outubro de 2015

Caros leitores!

    Estou muito contente, pois consegui concluir agora a minha parte do trabalho em grupo. Espero que gostem.
 
     1) Como você avalia a institucionalização propriamente dita da escola: "a imposição da obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas leis”?


        A escola primária, enquanto forma de socialização privilegiada e lugar de passagem obrigatória para as crianças das classes populares é uma instituição recente cujas bases administrativas e legislativas contam com pouco mais do que um século de existência.

       Esboça as condições sociais de aparecimento de uma série de instâncias no nosso entender fundamentais que, ao se amalgamar em princípios deste século, permitiram o aparecimento da chamada escola nacional:

1) A definição de um estatuto da infância

2) A emergência de um espaço específico destinado à educação das crianças.

3) O aparecimento de um corpo de especialistas da infância dotados de tecnologias específicas e de “elaborados” códigos teóricos.

4) A destruição de outros modos de educação.

5) A institucionalização propriamente dita da escola; a imposição da obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas leis.

    A definição de um estatuto da infância

          Assim como a escola, a criança tal como a percebemos atualmente, não é eterna nem natural; é uma instituição social de aparição recente ligada a práticas familiares, modos de educação, consequentemente, a classes sociais.

  A emergência de um espaço específico destinado à educação das crianças.

          A criança foi separada dos adultos e mantida à distância numa espécie de quarentena, antes de ser solta no mundo. Essa quarentena foi a escola, ou seja, o colégio. Começou então um longo processo de enclausuramento, de isolamento das crianças que se estenderia até nossos dias, e ao qual se dá o nome de escolarização. Formação de um corpo de especialistas.

   O aparecimento de um corpo de especialistas da infância dotados de tecnologias específicas e de “elaborados” códigos teóricos.

       Será nos colégios que se ensaiarão formas concretas de transmissão de conhecimentos e de modelação de comportamentos que, mediante ajustes, transformações e modificações ao longo de pelo menos dois séculos, suporão a aquisição de todo um acúmulo de saberes codificados acerca de como pode resultar mais eficaz a ação educativa. Somente assim poderá fazer seu aparecimento a pedagogia e seus especialistas.

    A destruição de outros modos de educação.

       A escola, além de ser um local de isolamento, é também uma instituição social que emerge enfrentando outras formas de socialização e de transmissão de saberes, as quais se verão relegadas e desqualificadas por sua instauração.

   A institucionalização propriamente dita da escola; a imposição da obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas leis.

      Uma série multiforme de medidas destinadas ao controle das classes populares começa a se aplicar, especialmente a partir da Restauração, como complemento à ação da escola:

- Regulamentação do trabalho de mulheres e crianças.

- Criação de caixas econômicas, sociedades mútuas, cooperativas.

- Fundação de berçários, asilos, lactários e consultórios.

- Inauguração de dispensários contra a tuberculose, antialcoólicos.

- Remodelação de bairros e ampliação da vigilância e da política

- Construção de cárceres e manicômios.

- Nascimento da assistência social.

- Criação de escolas dominicais e para adultos.

      Todos estes dispositivos têm por finalidade tutelar ao operário, moraliza-lo, converte-lo em honrado produtor, procuram igualmente neutralizar e impedir que a luta social transborde, pondo em perigo a estabilidade política.

     A escola emerge como um espaço novo de tratamento moral no interior dos antagonismos de classe.



    Um bom domingo à todos!

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