A primeira postagem que resolvi comentar e fazer minha reflexão é referente a postagem do dia 04 de agosto de 2017, que refere-se a avaliação, conforme mostra o link abaixo: https://gimenabgimenez.blogspot.com/2017/.
Resolvi comentar sobre essa postagem, porque que na época eu não soube definir direito o que era a avaliação para mim. Com o estágio curricular aprendi muito sobre o que é avaliação de fato, portanto gostaria de acrescentar como eu vejo a avaliação hoje.
O que falar sobre a avaliação?
Aprendi que falar de avaliação nem sempre é fácil, pois é um tema que gera bastante polêmica entre os professores, porque muitos têm anos de profissão, mas ainda não sabem qual critério utilizar para avaliar seus alunos e acaba utilizando o método mais fácil, que é o classificatório e atribuir apenas uma nota em cima.
A avaliação ela não pode ser classificatória, mas sim mediadora. É muito fácil chegar a uma turma, jogar uma listagem de conteúdos a serem estudados pelos alunos, elaborar somente um modelo de prova, sem mesmo perceber o nível de aprendizagem daquele aluno e atribuir uma nota em cima daquela prova que o aluno realizou, ou seja, o aluno ele não aprende, pois ele apenas decora respostas para cada uma daquelas perguntas. Chega ao final do ano, o aluno é reprovado. Sabe de quem é a culpa? Dele mesmo, porque não estudou. Será mesmo que a culpa é somente do aluno? É muito fácil reprovar o aluno, porque ele não estudou, mas nós enquanto educadores o que realizamos para obter de nossos alunos um aprendizado significativo e construtivo para que o aluno obtenha um aprendizado de verdade e não apenas atribuir uma nota em cima dele? É uma questão que todo educador tem que parar e refletir.
Na minha concepção, a avaliação é diagnóstica. Ela tem que ser realizada todos os dias, através das observações diárias e registros. Costumo a avaliar meus alunos de diversas formas, através de: trabalhos em grupos, pesquisas, construções, contação de história, apresentações e também testes avaliativos de Língua Portuguesa e Matemática, conforme é solicitado pela escola.
Não basta avaliar a aprendizagem priorizando a questão do aspecto quantitativo (a nota) sobre o qualitativo (o que foi apreendido).
Luckesi (1999), fala a respeito disso quando diz: “a característica que de imediato se evidencia na nossa prática educativa é a de que a avaliação da aprendizagem ganha um espaço tão amplo nos processos de ensino que nossa prática educativa escolar passou a ser direcionada por uma Pedagogia do Exame”.
Dessa forma, o sistema de ensino continua ligado a aprovação e reprovação, os responsáveis pelos discentes desejam que eles sejam aprovados mediante uma prova ou teste específico que por vezes não tem a função de diagnosticar, mas enfatizar a rotulação de uma aprendizagem e não a sua construção.
Ainda sob a visão de Luckesi (1999), “a avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte de seu modo de agir, e por isso é necessário que seja usada da melhor forma possível”. Avaliar, segundo o autor, é um ato amoroso, por isso é preciso trazer o educando para esse processo; este é um dos objetivos da Psicopedagogia Institucional: oportunizar aprendizagens afetivamente.
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